Diversidade e Inovação: importantes pesquisas realizadas pela consultoria McKinsey comprovam o óbvio: empresas com maior diversidade de gênero tem lucratividade acima da média. E essa lucratividade vem aumentando.
Em 2014, companhias mais diversas tiveram resultados 15% acima da média. Em 2017, a diferença foi de 21%. E, em 2019, as mais diversas tiveram um resultado 25% acima da média.
Se for feita uma comparação com empresas em que não há ou há menos diversidade, a diferença é de 48%.
Mas por que será que em pleno ano de 2023 ainda existem empresas que fecham os olhos para dois fatores tão importantes: a importância moral da diversidade e sua importância real, consolidada em números que representam lucros?
E a resposta não poderia ser mais simples: porque empresas são feitas de pessoas. E são pessoas que precisam entender o valor da diversidade.
Inúmeras pesquisas comprovam que times onde há maior diversidade apresentam melhores resultados.
Afinal, equipes plurais têm mais condições de entenderem e responderem melhor aos desejos de seus consumidores e menores chances de falhas grosseiras, rudes e ultrapassadas que custam reputações e até resultam boicotes a produtos e serviços.
Vale ressaltar que os profissionais mais capacitados são aqueles que as companhias mais almejam e são também aqueles que mais podem escolher. E bons profissionais não escolhem associar seus nomes e suas carreiras à empresas e negócios com mentalidades ultrapassadas, que não respeitam a diversidade.
Mas note que entre apenas respeitar e valorizar há uma diferença. A obrigação é respeitar, mas a sagacidade está em valorizar.
Isto por conta do caráter estratégico da diversidade.
Empresas retrógradas, que não entendem absolutamente nada de inovação, tratam a diversidade e a inclusão como questões de ações sociais e param por aí. Elas não entendem o poder inovador de uma equipe diversa e inclusiva, que potencializa vivências, experiências, soluções, ideias e olhares múltiplos.
Comece a se lembrar das empresas mais inovadoras do mundo e busque pesquisar sobre o que diversidade e inclusão representam para elas…
Ainda de acordo com o estudo apresentado anteriormente, em 2019, empresas com maior diversidade étnica e cultural tiveram lucratividade 36% maior que as empresas menos diversas.
E temos muitos outros números para seguir comprovando as vantagens reais de se tratar a diversidade como potência de inovação e não meramente como uma ação social.
O estudo “Getting to Equal 2019: Creating a Culture that Drives Innovation”, publicado pela consultoria Accenture, eleita em 2018 a empresa mais diversa e inclusiva do mundo pelo ESG Index, comprova que colaboradores de companhias que contam com diversidade e inclusão enxergam menos barreiras para inovar e são 6 vezes mais criativos do que os concorrentes.
A DIVERSIDADE É UMA VANTAGEM COMPETITIVA
Inovação é a palavra de ordem para se manter competitivo em qualquer mercado na era da Quarta Revolução Industrial.
Se a Indústria 4.0 existe tal qual é hoje, é porque a diversidade catapultou a potência criadora de indivíduos únicos, ímpares, com ideias brilhantes e que tiveram mais espaço neste último meio século do que em qualquer outro.
Basta olhar para a história da diversidade, em si e será possível entender sua potência! Haja vista a quantidade de mulheres, pessoas LGBTQIA+, pessoas de diferentes origens étnicas, pessoas com deficiências que contribuíram, apenas nos dois últimos séculos, para inovações que possibilitaram o surgimento das tecnologias que existem hoje.
E um ótimo exemplo de empresa que deu muito certo investindo em diversidade é o da KPMG.
A KPMG é uma organização global de firmas independentes que prestam serviços profissionais nas áreas de Audit, Tax e Advisory que começou a trabalhar o pilar de equidade feminina há 15 anos.
Hoje, já são 50% de mulheres nos cargos de nível gerencial e 27% na alta gestão. Com 5 mil colaboradores e escritórios em 23 Estados, a empresa tem comitês feminino, de raça, LGBTQIA+ e de PCD, e busca ainda ter diversidade de origem geográfica, para se beneficiar, ainda, dos diferentes pontos de vista e da pluralidade do Brasil.
Este case de sucesso de diversidade e inclusão atesta que não existe um tipo de diversidade mas que a diversidade é única justamente pelas individualidades que acolhe.
Mas apesar de trazer apenas benefícios, a diversidade não acontece numa empresa por acaso, de forma espontânea.
Infelizmente, nossa sociedade ainda não entende o poder da diversidade e a trata, quase sempre, como ação social incômoda em vez de dar a ela seu verdadeiro crédito: o de potência inovadora.
Por isso, é preciso investir na criação de estruturas e organizações diversas, investir dinheiro em programas, treinamentos e projetos específicos para educar e preparar profissionais para este ambiente.
E, principalmente, é preciso tratar cada centavo investido em valorização da diversidade e de estruturas para sua manutenção como o que de fato é: investimento, não gasto.
A diversidade é um ativo. Enquanto sua empresa não entender a importância da diversidade para a inovação, ela não atingirá, de fato, seu verdadeiro potencial.
E não existe diversidade sem inclusão. Pense nisso!
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