Buscar alternativas para a redução de custos é uma missão presente em empresas de todos os portes e segmentos. O objetivo é cortar gastos durante o processo para aumentar a eficiência, a produtividade e, claro, a lucratividade em menos tempo. Na construção civil não é diferente. Já é comprovado que a evolução tecnológica se tornou grande aliada dos gestores para a redução de custos na construção. Porém, muitas empresas da cadeia produtiva ainda não compreendem que o uso de tecnologia é uma maneira eficiente de melhorar o desempenho operacional, minimizar os gastos necessários e que a automação gera muitos benefícios em toda a estrutura organizacional.
A indústria da construção no Brasil é segunda pior em termos de digitalização dos processos, tornando 70% do tempo do trabalhador na obra pouco produtivo e gerando um desperdício de 25% dos materiais aplicados, de acordo dados da McKinsey. Ao mesmo tempo, uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que as soluções inovadoras serão decisivas para acelerar a retomada da atividade e do crescimento da economia no Brasil. Entre as mais de 400 empresas participantes, 83% afirmam que precisarão de mais inovação para crescer ou mesmo sobreviver no mundo pós-pandemia.
Parte desse crescimento também está relacionado a uma série de desafios associados à manutenção da integridade efetiva dos ativos para melhorar o desempenho operacional e manter os níveis de produção. Afinal, ao adotarem ferramentas digitais, as empresas aumentam a disponibilidade de ativos de 5% a 15% e reduzem os custos de 18% a 25% (McKinsey, 2018). Ou seja, atuar de forma analógica, sem integração e controle precisos de cada etapa, leva as empresas do setor a arcarem com o alto custo da construção civil.
Custos diretos e indiretos
Antes de aprofundarmos o tema, é importante entender quais são os principais custos em uma obra. Todas as despesas de uma obra podem ser classificadas em dois tipos de custos, os diretos e indiretos. Os gastos com materiais de construção, mão de obra, serviço e aluguel de equipamentos são os custos diretos, que representam, em média, de 70 a 90% do gasto total da obra. Já os custos indiretos são as taxas para fazer ligação da água e energia, as taxas para liberação do alvará da obra, seguros, entre outras despesas que representam de 10 a 30% do valor total.
Com os inúmeros imprevistos que ocorrem durante a fase de obras, manter-se dentro do orçamento e do cronograma, muitas vezes, se torna um grande desafio Por isso, além de um bom cronograma e atuação voltada para uma gestão comprometida com a redução de custos, o uso de novas tecnologias pode garantir uma obra com gestão de excelência desde o início e, assim, poupar recursos para quando imprevistos ocorrerem.
Panorama do setor
Segundo a Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da COVID-19 nas empresas, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)* na segunda quinzena de agosto, A pandemia afetou negativamente 47,9% das empresas de construção; 37,4% relataram efeito pequeno ou inexistente, e 14,7% relataram ter sentido efeito positivo na primeira quinzena de agosto. As empresas deste setor foram as que reportaram as maiores incidências de efeitos negativos, seguidas por aquelas do comércio (46,3%). A amostra contou com a participação de 2.267 empresas de todos os setores de atividade econômica, entre as quais 136 da construção.
O gráfico abaixo mostra o impacto geral sofrido até o final da primeira quinzena de agosto, em decorrência da COVID-19:
Outros dados do IBGE, divulgados no início de setembro e publicados no portal do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), mostram que enquanto o PIB nacional (Produto Interno Bruto) caiu 9,7% no segundo trimestre, o PIB da construção teve uma queda menor, de 5,7%, na comparação com o primeiro trimestre. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o PIB nacional declinou 11,4%, a maior queda desde 1996. Na mesma comparação, o PIB da construção caiu 11,1%.
Ao mesmo tempo, segundo o SindusCon-SP e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Custo Unitário Básico (CUB) da indústria da construção paulista apresentou alta de 0,61% em agosto de 2020, na comparação com o mês anterior. Na variação em 12 meses, o aumento acumulado foi de 3,40% e no ano, de 3,08%. O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos das construtoras, utilizado na atualização financeira dos contratos de obras. No mesmo mês, o custo médio das construtoras com mão-de-obra e administrativo foi nulo. A variação dos custos com material de construção foi positiva em +1,69% no período e em 12 meses as variações foram respectivamente +2,81%, +1,62% e +4,56%.
Tecnologia ajuda a reduzir custos
Ao longo dos anos, a construção civil adotou de forma tímida as inovações tecnológicas e o resultado, como já mencionamos, é que o setor ainda é um dos menos digitalizados, onde grande parte das construtoras e incorporadoras orienta seus processos de forma analógica, sem integração e manualmente, levando a erros consecutivos. Por isso, para tornar os processos mais eficientes, reduzir custos e prazos e manter a competitividade, é necessário modernizar os processos e aumentar o uso de tecnologias disruptivas na cadeia de produção do setor.
Você sabia, por exemplo, que o prejuízo pela falha logística e perda de materiais no processo produtivo na construção civil pode chegar a 5% do orçamento da obra? Parece pouco, mas estudos realizados recentemente concluíram que as perdas de materiais chegam a 8% e as perdas financeiras, inclusive aquelas relativas a custos de retrabalhos, chegam a 30%. São diversos fatores que desencadeiam essas perdas e que podem comprometer o seu orçamento, atrasar o prazo de entrega e até a qualidade do serviço, gerando ainda mais despesas.
Confira outras vantagens da tecnologia na construção civil que levam à redução de custos:
Acompanhamento de produtividade: soluções tecnológicas ajudam as empresas a verificar se os processos internos estão funcionando da maneira correta ou se estão atrasados. Quando há uma área em que precise de melhorias, é mais fácil realizar correções e ajustes.
Diminuição de falhas e erros: o custo dos materiais com produtos descartados, reparos ou reembolso pode pesar no final das contas. Com tecnologia de ponta é possível prever possíveis falhas e evitá-las antes que gerem custos extras.
Monitoramento de materiais e equipes: acompanhar em tempo real a movimentação e localização dos principais insumos, ativos e pessoas do canteiro de obras ajuda a gerenciar o estoque físico e evitar desperdícios ou desvios.
Redução de mão de obra: Muitas tarefas manuais podem ser automatizadas e levar a um aumento de produtividade e redução de custos com a mão de obra. Porém, para que ele funcione corretamente, é preciso que a mão de obra seja capacitada.
Soluções ConnectData
É um excelente momento para as empresas estudarem as inovações tecnológicas disponíveis para solucionar problemas como otimização logística e identificar e monitorar problemas antes mesmo que eles se materializam e causem falhas na produção. A ConnectData pode te ajudar nessa tarefa. Nossas soluções ajudam a rastrear e monitorar, em tempo real, a movimentação de materiais, equipes e equipamentos durante todo o ciclo da obra.
Com isso, ajudamos a indústria a reduzir o desperdício e a recuperar pelo menos 10% do custo de material. Os sensores distribuídos pelo canteiro de obras coletam dados que são analisados pela inteligência ConnectData e possibilitam uma tomada de decisão mais assertiva, prevenindo possíveis falhas e reduzindo custos.
Com o ConnectTrack, por exemplo, é possível acompanhar em tempo real a movimentação e localização dos principais insumos, ativos e pessoas do canteiro de obras sem necessidade de intervenção humana. Você aumenta a produtividade do seu negócio, gerencia os níveis de estoque físico e evite desperdícios, desvios e atrasos com a solução web-based integrável aos principais ERPs do mercado. Além disso, essa ferramenta dispensa cabeamento de rede ou wifi para funcionamento, sendo aplicável aos sites ainda em fase de estruturação.
Quer saber mais? Entre em contato conosco: contato@connectdata.net
* O IBGE recomenda cautela na utilização das suas estatísticas experimentais, por serem novas e ainda estarem em fase de teste e avaliação.
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